sábado, 24 de abril de 2010

she dies a little more each time,

Formou-se um círculo no meio da pista de dança. Dois rapazes e duas raparigas estavam ao centro e tinham que escolher alguém para dançar. Ele avançou lentamente até ela e pediu-lhe que o acompanhasse na dança. Ela ficou atrapalhada mas acompanhou-o. Não podia estar mais feliz.
Correu até á rua e agarrou no telemóvel, ansiosa por contar a um dos seus amigos o que tinha acontecido. Ele perguntou-lhe como estava e ela respondeu “Não podia estar melhor!”
Ao voltar para o salão, haviam casais e amigos a dançar e mal teve tempo de respirar, foi puxada para a pista de dança por um amigo. Embora quisesse, não se conseguia concentrar a sua atenção nos seus movimentos ou no seu par; só conseguia olhar para ele, o rapaz dos seus sonhos…que dançava perto dela com outra rapariga, aparentemente uma colega de turma. Oh, como ele era bonito...
A primeira dança a pares terminou e ela foi para perto de uma mesa, aguardando alguém que a agarrasse e pedisse para dançar. Para sua surpresa, ele apareceu. As suas pernas tremiam, o coração acelerado queria saltar do peito e as suas pestanas batiam, impacientes e incrédulas. “Ele não está a vir directo a mim, não pode…” mas ali estava ele, a ir na sua direcção, com aquele sorriso genuíno que ela tanto adorava. Os olhos negros dele conseguiam brilhar mais do que cada holofote. Ele avançou, sempre de sorriso nos lábios mas, algo o fez parar e recuar. Baixou o olhar, algo atrapalhado, e virou costas. (...)
Ela correu para fora dali e escondeu-se na sobra de uma árvore, onde ninguém a conseguia ver. Desejava desaparecer, desejava que aquela noite acabasse.


Agora, ela chora e pergunta-se o que há de errado nela. Sabe que nunca vai ter uma resposta mas não se importa. Vai sempre recordá-lo como “o rapaz dos olhos negros e brilhantes.”

Com Amor, Rita.

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