sexta-feira, 28 de maio de 2010

- back to life.

As cartas estão sobre a cama. Nelas, as mais verdadeiras e horriveis palavras. As piores que alguma vez escrevi. Não me refiro a ofensas, mas ao poder doloroso de um 'perdoa-me', de um 'mas' e de um 'porque'.

Nunca tive como objectivo magoar alguém mas o coração falou mais alto e era a única solução. Ele estava tão pacifico enroscado nos lençois da cama que quase estive para ficar. Mas não podia.

Dei-lhe um beijo no canto da boca antes de abandonar o quarto e lá fora, estava a razão pela qual tinha abandonado o rapaz que tinha estado a meu lado há 2 anos e 3 meses.

Vi flashes de todos os bons momentos que passámos juntos a rodarem à minha volta; tal como aquele dia na praia, o dia em que nos conhecemos. Oh, ou quando ficámos acordados a noite inteira só para vermos o sol nascer, juntos.
Nas não, não podia ficar.

Tinha que sair daquele lugar o mais depressa possivel, caso contrário, ele ia acordar e implorar-me para não o deixar, depois de tudo aquilo por que passámos, e eu não ia resistir...

Ele murmurou o meu nome, como se sentisse a minha presença - ou soubesse que algo estava errado - e caí de joelhos no chão. Não tinha mais forças. Não me conseguia levantar. Não o queria abandonar. Não podia. Mas tinha que ser. Amava-o, mais que tudo no mundo, mas a minha oportunidade de ser alguém na vida aguardava-me lá fora. Se ficásse com ele, não ia passar de uma miúda com uma guitarra; se fosse embora, podia ser aquilo que sempre quis.

Quando dei por mim, já uns braços me levavam lá para fora e me deixavam cair cuidadosamente no banco traseiro de um carro. "vai ficar tudo bem" murmurou. Não consegui responder. Não queria responder. Limitei-me a olhar pelo vidro do carro e a pedir aos Deuses para que, quando ele acordasse e visse as minhas cartas, me conseguisse perdoar.

with love, abigail.

terça-feira, 25 de maio de 2010

- i am me.

Hey, tu...

Não precisas de ser a mais bonita, ou a mais inteligente ou a mais engraçada. Sê tu mesma e não mudes por ninguém.

Faz com que as tuas qualidades ganhem ainda mais vida e não escondas os teus defeitos, porque eles fazem de ti a pessoa tão especial que és hoje.

Vão tentar dar-te a volta muitas vezes mas vais ter que ser forte e dizer 'Não', alto e bom som. Assume o controlo da situação e não faz mal ter medo. Ter medo é humano e não precisas de ter vergonha de o admitir.

Portanto, sorri, tira muitas fotografias, ri-te muito. Porquê? Porque cada 60 segundos que gastas aborrecida é um minuto de vida de felicidade que nunca mais vais ter de volta.

A vida não vai deixar de correr porque decidiste ficar parada no tempo.
Não podes dar importancia ás pessoas que fazem pouco de ti e algo especialmente para elas:

Sabes uma coisa? Eu não fumo, não bebo nada que seja alcoolico, não consumo drogas e consigo divertir-me mais que tu!
com amor, Abigail.

sábado, 22 de maio de 2010

- the last time.

"Eu sinto as tuas lágrimas na minha pele. O teu coração bate freneticamente contra o peito. Não consegues respirar. "
Isso queria dizer que estava a morrer? Dizem que morrer é fechar os olhos, ser-se invisivel e voar; também se diz que é proteger aqueles que amamos e ajudá-los a lidar com a perda.
"Não podes levantar a mão e acenar; dizer adeus." Estaria mesmo a morrer? Não conseguia ver nada de concreto, só figuras sem forma definida e não conseguia compreender. A minha cabeça parecia que ia rebentar e precisava urgentemente de encontrar alguma calma. Uns braços fortes e quentes envolveram-me e senti o meu rosto enconstado a algo macio e perfumado...talvez uma blusa. "Não podes ir." a voz ficou nitida. Era um rapaz, mas ainda não conseguia saber quem. Fechei os olhos.
Quando os abri novamente, estava num campo verde, de noite. Haviam muitas flores por ali e lá ao fundo, estava um rapaz alto, com um ar humilde e bonito que me chamava. Aproximei-me com cuidado mas algo me dizia que não corria perigo. Finalmente, perguntei "Estou morta?" Ele sorriu, sem pronunciar uma unica palavra. Concluí que estava a sonhar.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

i'm proud of you,

Ela não estava à espera que o 'fim' fosse daquela forma. Depois de tantos olhares, tantos sorrisos, tantas palavras, não tinha dado em nada. Rigorosamente, nada.
Não o culpava. Aliás, não culpava ninguém. O destino não os queria juntos e não podia lutar contra isso. Gostava demasiado dele para lhe deixar de falar, trancar-se no quarto a chorar ou algo parecido e não se importava de o ver com outra rapariga nos braços. Quando isso lhe chegou aos ouvidos, ficou imóvel e sentiu-se destroçada mas afinal de contas, só queria a felicidade dele. Havia quem lhe chamasse de 'parva' ou 'querida demais', mas não se importava, era apenas a sua maneira de ser.
Ali estava ele. A acenar-lhe, com aquele sorriso tão bonito e genuíno no rosto. Os olhos negros que a faziam sonhar brilhavam intensamente. A rapariga, grande amiga dela, estava nos braços dele e também sorria. A amiga estava em boas mãos, e ele também.
Estava orgulhosa de todos os dias que tinham trocado sorrisos e palavras, e não estava triste como aconteceria numa situação normal. Estava feliz por eles, especialmente, por ele.
Fim.
ps: e a história desta menina acabou aqui. (: a partir de agora, algumas reflexões, desabafos ou até mesmo coisas sem o minimo sentido. thank you. :)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

the girl i used to be,

Ela estava feliz; ele continua a olhar para ela de uma maneira especial, todos os dias se cruzam um com o outro e a vida não podia estar melhor!
Mas o passado meteu-se no caminho. Era como se ela se estivesse a olhar ao espelho. Foi horrivel quando uma das amigas mais intimas se chegou perto e lhe murmurou ao ouvido "não aguento mais". Foi aí que reparou que o passado a estava a perseguir. O rapaz que tinha deixado a amiga sem esperança, aquele que também lhe roubou a felicidade já fez o mesmo a várias raparigas - entre elas, Ela. Conhecia a sensação de ser trocada e de ouvir um "lamento" sem qualquer significado, só para parecer bem.
Agarrou a mão da amiga numa tentativa falhada de lhe transmitir alguma felicidade, um pouco do que lhe tinham roubado mas era complicado. Prometeu à pobre rapariga que não ia sempre doer assim tanto, acrescentando que não era a primeira ou a última vez que lhe iam partir o coração. Haviam muitas mais coisas que gostava de lhe dizer, mas só conseguiu murmurar: És a rapariga que eu já fui...mas não desistas.

Com amor, Rita.


quinta-feira, 6 de maio de 2010

catch me when i fall,

Ela interrogava-se se, naquele momento, sentada sobre a relva, ele a observava. Encolheu-se, abraçando as pernas junto ao peito e tentou prestar atenção ao que as amigas diziam. Colaborou na conversa e, por vezes, pelo canto do olho, tentava procurar os olhos negros que tanto a cativavam mas não, ele não parecia estar a olhá-la...
No entanto, antes daquilo tudo, tinha falado com o melhor amigo dele, tinha-se abraçado a amigos de infância numa tentativa frustrada de detectar algum tipo de ciúmes mas nada. Rigorosamente nada.
Felizmente, chamaram-na e acordaram-na daqueles terriveis e dolorosos pensamentos. Levantou-se e arrastou os pés sobre a relva verde; queria ganhar tempo. Queria senti-lo a observar cada movimento dela, queria sentir o sorriso dele e queria ouvir o riso dele... ele acabou de se levantar e parecia vir na sua direcção... ou talvez não. Iam em direcções opostas - mas não deixavam de passar ao lado um do outro - e, por alguma razão que lhe foi totalmente desconhecida, tropeçou em qualquer coisa e o seu corpo foi impulsionado para a frente. Quase a bater com os joelhos no chão, alguém a agarrou e caiu primeiro, como que a amparar a queda e a recebe-la nos seus braços.
"Estás bem?" ele interrogou, preocupado. Estava nos braços dele, não podia estar melhor.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

( friend to friend )

Eu lembro-me de quando te conheci. E tu? Estavamos sempre a insultar-nos um ao outro até que houve um dia que te pedi se podiamos agir como amigos e não como haters.
Devo confessar que nunca pensei que criássemos um 'laço' tão forte como o que temos agora - e que espero, honestamente, que não acabe. És aquele amigo fantástico que não quero esquecer.
Lembro-me de quando ouvi a tua voz pela primeira vez; as minhas pernas fraquejaram e um sorriso fazia os meus lábios curvarem-se nos cantos. Eu estava a ouvir-te. A ti.
Gostas de mim por aquilo que sou e posso dizer que é recíproco. Adoro os teus caracóis, quase sempre despenteados; adoro o teu sorriso; adoro a tua voz; adoro a tua maneira de pensar; adoro tudo o que dizes; adoro as nossas conversas; adoro quando dizes que me adoras; adoro quando insistes em ligar a camara só para me veres; adoro quando escreves "ABBEY!"; adoro quando me tratas mesmo pelo meu nome; adoro quando me contas o teu dia-a-dia; adoro quando me apoias, independentemente da situação; adoro quando me fazes levantar a cabeça e enfrentar os problemas; adoro quando te digo dos mais sinceros "Adoro-te". És fantástico, Chico. O que era de mim sem ti?
(ps: este post não tem nada a ver com os outros. daqui para a frente, a história d'Ela continua. thank you.)

Com Amor, Rita.