
Nunca tive como objectivo magoar alguém mas o coração falou mais alto e era a única solução. Ele estava tão pacifico enroscado nos lençois da cama que quase estive para ficar. Mas não podia.
Dei-lhe um beijo no canto da boca antes de abandonar o quarto e lá fora, estava a razão pela qual tinha abandonado o rapaz que tinha estado a meu lado há 2 anos e 3 meses.
Vi flashes de todos os bons momentos que passámos juntos a rodarem à minha volta; tal como aquele dia na praia, o dia em que nos conhecemos. Oh, ou quando ficámos acordados a noite inteira só para vermos o sol nascer, juntos.
Nas não, não podia ficar.
Tinha que sair daquele lugar o mais depressa possivel, caso contrário, ele ia acordar e implorar-me para não o deixar, depois de tudo aquilo por que passámos, e eu não ia resistir...
Ele murmurou o meu nome, como se sentisse a minha presença - ou soubesse que algo estava errado - e caí de joelhos no chão. Não tinha mais forças. Não me conseguia levantar. Não o queria abandonar. Não podia. Mas tinha que ser. Amava-o, mais que tudo no mundo, mas a minha oportunidade de ser alguém na vida aguardava-me lá fora. Se ficásse com ele, não ia passar de uma miúda com uma guitarra; se fosse embora, podia ser aquilo que sempre quis.
Quando dei por mim, já uns braços me levavam lá para fora e me deixavam cair cuidadosamente no banco traseiro de um carro. "vai ficar tudo bem" murmurou. Não consegui responder. Não queria responder. Limitei-me a olhar pelo vidro do carro e a pedir aos Deuses para que, quando ele acordasse e visse as minhas cartas, me conseguisse perdoar.
with love, abigail.
adoro o teu blog $:
ResponderEliminare ja estou a seguir
ohw, obrigada querida (:
ResponderEliminar<3