sexta-feira, 20 de agosto de 2010

fim.

Venho apenas dizer que vou afastar-me do blog para me mudar oficialmente para o Tumblr (http://abigailsimms.tumblr.com/)

É verdade, lá não me posso expressar tão bem como aqui mas concluí que só usava o blog porque me sentia na necessidade de dizer o que me ia no coração em tempos dificeis.

É possivel que volte, talvez post's pequeninos, por mês, mas vai ser raro. Honestamente, prefiro escrever na pele de outra pessoa e é isso mesmo que me rouba tempo.

http://z7.invisionfree.com/considerthesea/ para os curiosos, é isso que me distrai do mundo real e me ajuda a desenvolver a escrita - embora eu não note grandes progressos no que me diz respeito a mim. Se alguém quiser inscrever-se, diga-me em qualquer conta que tenho (link ao lado) e dou o meu mail para explicar tudo.

Obrigada por me terem seguido e pelas palavras tão lindas que foram dirigidas aos meus textos :)

PS: meninas lindas que estou a seguir, vou ter muitas saudades de ler coisinhas vossas :'D

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

esquecer-te?


E tu perguntas, com a maior das normalidades "Queres ver-me?" eu demoro a responder.

Quero dizer que não, que cada vez que olho para ti vejo aquele rapaz de há um ano atrás, a beijar a rapariga que me era mais importante na vida.

No entanto, digo "Sim." mas não vou aparecer.

Apercebi-me de que continuo a chorar por ti. Isso significa que ainda não te esqueci? Eu quero esquecer-te. Não quero gostar de ti. Não quero! Estou farta de olhar para ti e pensar 'nunca foste meu'.

FARTA.

Se sabes que vou recuar, porque insistem em aproximar-te?

selo.

Regras:
1- Postar o selo e dizer quem o ofereceu.
Foi a Margarida Beloto. Thank you, honey :)

2- Completar as frases:
-Eu sonho em... ser mãe e viver em londres.
- Eu tenho muitos... pontos fracos.
- Eu quero que... a minha irmã seja feliz.
- Eu sou feliz quando... tenho motivos para sorrir.
- Detesto quando... me dão motivos para perder a confiança nas pessoas.
- Adoro ser... eu mesma, a rita.
- Vou oferecer este selo porque... existem blogs que me fazem sorrir (:

3- Oferecer o selo a todos os blogs que me fazem feliz.
A sónia, que é um amor de rapariga http://sapatilhasdecetim.blogspot.com/
A mariana, que é dona de uma grande criatividade http://escrevoembranco.blogspot.com/
A lara, super simpática e querida http://asdezhoras.blogspot.com/
A tia inês, que é adorável http://inescanelones.blogspot.com/
A cátia, das pessoas mais simpáticas que conheço http://catiacv.blogspot.com/
e ainda faltam alguns blogs.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

desafio 01

Decidi lançar um pequeno dasafio de interpretação de frases. Vão ser apenas duas/três e gostava de saber as vossas opiniões quanto a elas. :]

A Primeira é:

Se uma árvore cair na floresta e ninguém estiver lá para a ouvir, será que faz algum som?

domingo, 1 de agosto de 2010

limites.

Os meus limites de sonhar não existem.

Estou sempre a sonhar, estou sempre agarrada à lua e a falar com ela, estou sempre a interrogar-me sobre o porquê da morte e o porquê das coisas não serem como eu quero.

O meu sonho, ou um dos maiores e que mexe mais comigo, tem uma palavra: Hogwarts. Quem nunca ouviu falar nela? Sim, é isso, Harry Potter. Desde pequenina que vejos os filmes e agora, há algum tempo, tive curiosidade em ler os livros e entrar na pele de um rapaz especial rodeado de dragões, feiticeiros, bruxaria, duendes.

Concluí que adoro magia, mais do que já adorava. Concluí que adorava ter uma vassoura voadora. Concluí que gostava de ter uma coruja que enviasse cartas e depois voltasse para mim. Concluí que é apenas um sonho.

"No matter how old you are, you're still waiting for your letter to Hogwarts." Memorizei.

Precisava de dizer isto. Precisava mesmo. Também falei com a Anne sobre o assunto e lamentei-me que adorava ir para aquele mundo mágico. Ela, resumindo, disse que era impossivel eu receber uma carta de Hogwarts: já não tenho idade, com 14 anos é impossivel. Mas também disse que posso sonhar à vontade, ninguém me pode cortar as asas.

Quando for a minha altura de voltar às cinzas - espero que daqui a muitos anos - tenho a certeza de que vou criar o meu próprio mundo e tornar tudo possivel. Talvez o meu sonho se torne realidade. Who knows?


ps: desabafo. a frase em itálico foi tirada do tumblr, não me lembro de quem a disse. quem nunca leu harry potter, tem aqui o meu incentivo. vale a pena. uhm, já viram os filmes? cenas gravadas numa camara não se comparam a descrições e acções, e tenho dito. beijinhos (:

quinta-feira, 29 de julho de 2010

o meu signo.

"O Arcanjo Raphael protege os nativos de Gémeos. Aqueles que nascem sob a sua influência são inteligentes, perspicazes, simpáticos e comunicativos.
Possuem um temperamento instável e mudam de humor com facilidade. Distraídos, descontraídos e espontâneos, encaram a vida como uma aventura e não temem os desafios.
O Arcanjo Raphael actua sobre a capacidade de resolver problemas, favorece o poder de argumentação, desenvolve a sinceridade e desenvolve a paciência.
O Arcanjo Raphael pode também ser invocado na resolução de problemas de saúde."


Isto é um resumo da minha personalidade (:



domingo, 18 de julho de 2010

o meu adeus.

Já me deixáste uma vez e, honestamente, estou preparada para me deixares uma segunda vez.

No ano passado, chorei demasiadas vezes por ti. Não conseguia aceitar o facto de, quando saísse das aulas, não poder ficar a um canto a olhar para ti a seguir caminho com os teus amigos. Eras aquele amigo que me dava felicidade e apoio e quando desapareceste, foi como se já não houvesse ninguém para mantes os meus pés bem acentes na terra. Mas habituei-me.

Sobrevivi, não foi? Sem ti.

Estou preparada para te ver a ir embora. Estou preparada para te perder pela segunda vez mas não vou chorar. Já te sorri demasiadas vezes quando na verdade estava a rebentar em lágrimas. Lembras-te de ontem? Bem, é um exemplo.

Não te preocupes, eu vou cuidar da Ana. Gosto demasiado dela para a deixar sem apoio. Mas por favor, não me podes pedir para a obrigar a parar de chorar! Não me podes pedir coisas que não estão ao meu alcance. Ela precisa de respirar e sentir que isto tudo é real. Acredito que lhe está a custar mais a ela do que a mim, como é óbvio, mas não posso fazer nada para ela se sentir melhor, só apoia-la.

Assim me despeço. Espero que para o ano, quando estiveres do outro lado do oceano, não te esqueças de mim como se tem vindo a mostrar.

When you're not around i hope, somehow, that you can feel me 'cause miles don't mean anything.

"Eu cuido dela, faço-o de bom grado. Só gostava de saber quem vai cuidar de mim."

quinta-feira, 15 de julho de 2010

principe encantado.

Era uma das típicas noites no restaurante da praia. Vestidos a rigor mas no final, foram todos dar uma volta. Não estava com paciência ou disposição para ir com eles, tanto que fiquei no restaurante até chegarem.
Não fazia ideia do que fazer enquanto esperava. Podia ir até à beira mar mas esta sempre me assustou quando a lua está no céu. Felizmente estava prevenida com um livro na mala. Nunca saio de casa sem um livro.
Cruzei as pernas na minha cadeira e começei a ler. Havia pouca luz mas não me importei; também havia muito barulho mas consegui fazer uma bolha à minha volta e abstrair-me de tudo. Li uma página. Apenas uma.
Alguém tinha rebentado aquela bolha invisivel que eu tinha construido. Ele. O empregado bonito para o qual passo o tempo todo a olhar. Chamem-lhe paixoneta, mas que fico com o coração aos saltos quando o vejo, é verdade.
"Foi por isso que a menina não quis ir dar uma volta com os seus amigos. Ou como vocês dizem... ahm... ir ver os 'gajos giros' que andam por aí. Preferiu ficar a ler, aqui." Disse ele, encostando-se à cadeira ao meu lado. Só levantei um pouco o olhar. Sentia o meu rosto a ganhar um calor muito próprio e as minhas mãos tremiam. "Talvez. Gosto de ler." Resposta parva, não é? Mas foi o que eu disse, acompanhada de um sorriso que escondi com a ponta dos dedos. Um dos meus tiques nervosos.
"Eu nunca gostei de ler. Só na escola é que o fazia e porque era obrigado." Ri-me, a tentar esconder o embaraço. Gostava da voz dele e do sorriso de me era dirigido. Tinha uns olhos tão comuns - castanhos - mas tão bonitos ao mesmo tempo... "A sério? Eu tenho que estar sempre rodeada de livros. São o meu mundo mágico." Respondi.
Ele voltou a sorrir. "É bom ouvir isso, meni-" tive que o interromper. Não gostava que um rapaz de 20 e poupos anos me tratasse por 'menina'. Fazia-me sentir uma criança frágil e pequenina. "Por favor, trate-me por Rita... ou por 'tu'." Ele riu-se docemente, acenou afirmativamente e afastou-se. Voltei a depositar a minha atenção no livro... ou quase toda a minha atenção. Confesso que cada vez que ele passava por mim, levantava o olhar do meu mundo mágico para me concentrar naquela figura saída de um conto de fadas.
Que sorte a minha em acreditar em principes encantados.
ps: veridico.

terça-feira, 13 de julho de 2010

AVISO

Em primeiro lugar, quero pedir muitas desculpas por não ter ido aos vossos blogs comentar os posts que me deixam sempre de sorriso na cara ou com lágrimas ao canto dos olhos mas desde sexta-feira que fui para o algarve e só voltei ontem.

Ainda não arranjei paciencia para ler tudo e comentar, tanto que devo fazer apenas um comentário em relação a tudo o que perdi. Peço muitas desculpas por isso. ( prendinha aqui: http://www.acapela.tv/Fish-1-33-132440538_c32b891fc41f0 )

Em segundo lugar, quero informar que umas amigas me convidaram para participar num blog e vamos falando de coisas banais do dia-a-dia (: prometo que não se vão arrepender de seguir o blog:

http://girasepassadas.blogspot.com/

Prometo que assim que puder, ataco os vossos blogs! :D
Muitos beijinhos (:

quarta-feira, 7 de julho de 2010

eu sei voar.

"Eu sei voar." Disse. Ele riu-se e respondeu "Isso é impossivel. Nunca vais voar."

Há dois anos que não me aproximo daquilo que realmente gosto. Lembro-me do sorriso que me nascia nos lábios só por calçar aquelas botas de borracha horriveis e das lutas que travei com o meu professor porque não queria usar as esporas. "Mas vou magoá-lo com elas!" Dizia eu, agarrando naquelas peças de metal e a colocá-las na parte de trás das minhas botas - contrariada.

O meu cavalo preferido, e também o mais velho daquela quinta, trotou até mim e roçou o focinho na minha mão, como que a chamar-me. No inicio tinha muito medo quando ele se aproximava mas com o tempo, apercebi-me de que ele foi o único que me fez sorrir. "Promete que não me deitas ao chão." Levantava-me e fazia-lhe sinal com a mão para me seguir. A inteligencia dele sempre me espantou.

Conduzi-o até àquele campo verde enorme e agarrei-me ás crinas dele para o conseguir montar. Agarrei nas rédeas e fiz estalinhos com a boca - como me tinham ensinado para andar a trote - e assim que o senti preparado e ele me sentiu relaxada, bati com as esporas na perna dele as vezes suficiente para começar a galopar. Dei-lhe as rédeas. Agora não era eu que o conduzia. Era ele que me conduzia a mim.

Lembro-me do calor que ele emanava por baixo daqueles pelos castanhos e do vento a bater-me na cara, a afastar os meus cabelos. Fechava sempre os olhos e sorria. Lembro-me que era assim que eu voava. Eu conseguia voar.

Também me lembro quando montei um cavalo diferente e ele ficou chateado comigo. Deixou de me obedecer, mas nada que alguma comida não resolvesse. Simplesmente, tenho saudades de saltar por cima dele, de cair, começar a resmungar e ele a abanar a cabeça, como se estivesse a rir-se de mim. "Não tem piada, Zézinho!" Zézinho era o nome dele. Tenho saudades, muitas saudades.

ps: veridico.

domingo, 4 de julho de 2010

passado.

E já passou um ano.

Um ano desde que te conheci, mais duas semanas para me apaixonar, mais três meses para agarrares no meu coração e o destruíres.

Fui capaz de perdoar a pior das traições mas mesmo assim, cada vez que olho para ti, vejo aquele dia, vezes e vezes sem conta, quando a beijáste mesmo á minha frente. Parecia que me querias magoar e acho que era essa a tua intenção desde o inicio.

Lembras-te, antes de tudo começar, quando me ajudáste a superar a dor? Quando me disseste "ele não te merece"? O dia em que o teu olhar se cruzou com o meu? Tantas promessas, tantos "amo-te" mas acabáste por me deixar a chorar a um canto do quarto e a desejar morrer. Como é que consegui ser tão parva ao ponto de o ter desejado?!

Há quem diga que o amor é cego. Certamente que eu estava cega mas há limites e abençoadas pessoas que me ajudaram a vê-los e a esquecer-te. Hoje, arrependo-me de ter gritado "estás a destruir-me!" e de teres vindo a correr abraçar-me. Já não quero sentir os teus braços à volta do meu corpo e muito menos os teus lábios a tocarem nos meus. És passado. Vais sempre ser passado.

Sei que, um dia, vou olhar para trás e rir-me de tudo o que disse ou de tudo aquilo que fiz mas a vida é assim. Podemos virar a página e recordá-la, mas não podemos fechar o livro.

ps: veridico.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

misericórdia.

Aninhada nos braços dele eu sentia-me bem. Era o final de tarde perfeito, no campo, a observar o pôr-do-sol lá ao fundo. Estava em perfeita harmonia com tudo o que me rodeava mas... ele não estava bem. Eu podia estar, mas ele não. Eu sentia-o, a rebentar em lágrimas atrás de todos aquele sorrisos. Magoava-me saber que eu sempre fui dele mas ele... nunca foi meu. Talvez fisicamente não no que diz respeito à sua alma.

"Vai." Murmurei. Ele ficou tenso e os seus braços à minha volta começaram a escorregar até caírem sobre a relva. "Mas..." Não terminou o que ia a dizer porque me afastei e levantei, obrigando-o a imitar-me. Baixei o olhar e brinquei com os meus próprios dedos, desejando que, como que por magia, acontecesse algo que me tirasse dali. "Estás aqui, perto de mim, mas o teu coração está com ela." Ela. Oh, quantas vezes desejei ser essa 'ela', a rapariga que ele amava realmente. Sim, ele podia estar comigo mas só para não me fazer sofrer; só para não me ver chorar.

Mas assim era eu que me sentia mal. Não o queria comigo como se fosse por obrigação. Preferia mil vezes vê-lo sorrir de felicidade genuína - com outra pessoa ao seu lado - do que a esconder toda a tristeza atrás de olhares suplicantes e suspiros aterradores. "Vai, ela espera-te." Custava-me imenso dizer aquilo e obriguei-me a mim mesma a não chorar. Ele ainda estava chocado com as minhas palavras mas rapidamente me dirigiu aquele sorriso que eu tanto aguardava ver: verdadeiro. Despediu-se de mim com um abraço apertado e um beijo nos meus cabelos, enquanto sentia algumas lágrimas a caírem-lhe sobre a T-shirt.

Naquela noite, estava no meu quarto com o meu irmão abraçado a mim e a pedir-me para parar de chorar, naquele tom de voz de quem já não sabe o que fazer mas também de ternura. "Porque é que o deixáste ir?" Enterrei o meu rosto no seu pescoço e murmurei. "Porque o amo demasiado para o ver sofrer."


ps: não era isto que eu tinha em mente, era exactamente o contrário, mas muitos filmes romanticos deram este resultado. (:

saudades.

Já viste como te tornaste importante em apenas meses? Tu, Ana Mafalda (ou Ashii, como eu gosto de te chamar), és importante para mim. Lamento não ter arranjado coragem para o ter dito ontem mas foi por simples timidez e um certo receio. Receio de me achares falsa porque tanto 'amor' que dizes que transmito pode ser mal interpretado, mas não, neste caso não.

Se não falo um dia contigo, começo a ficar preocupada e a sentir-me mal comigo mesma. Pergunto-me se hoje vais pensar em mim. Já me sinto sozinha sem ti, sabias? Rodeada por tantas pessoas, tu não estás lá. Não estás. E preciso de ti.

Há tantas coisas que te quero dizer!; como os teus 'bebés' se estão a portar; não me deixáste dormir na noite passada - só para que saibas, só consegui adormecer por volta das 08h00 da manhã; estou sempre com o coração nas mãos por ti.

Hoje à noite, vou para o terraço e vou olhar para as estrelas. Adoro-as e se elas me fizerem sentir perto de ti, fico feliz. De certa forma, são o brilho dos teus olhos, sabias? Não tenho vergonha de dizer que te amo mais do que ontem e menos que amanhã mas vou amar-te sempre.

Com saudades, Rita.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

música.

Nunca gostei de ir à praia e sempre que os meus pais me tentavam arrastar para lá, eu inventava uma desculpa qualquer. Simplesmente não gostava, ainda pior se estivessem lá muitas pessoas.

Naquele ano, a minha melhor amiga e o namorado dela conseguiram levar-me com eles e ainda é um mistério para mim como o conseguiram fazer. De qualquer das formas, passei quase o tempo todo debaixo do guarda-sol, sentada de pernas cruzadas na minha toalha e com um livro sobre as pernas.

Pretendiam ficar lá até tarde, tanto que já começava a ficar com as pernas dormentes e precisava de me mexer. "Acho que vou dar uma volta até à beira mar." Informei. "Queres companhia?" Interrogaram quase ao mesmo tempo, trocando depois um olhar curioso mas divertido. "Não, obrigada."

Afastei-me lentamente, observando as ondas a rebentarem a poucos metros de mim e os seus tons alaranjados devido ao Sol que se começava a esconder e despedir, a deixar escapar os seus últimos raios para dar lugar à majestosa Lua. Aproximei-me o suficiente da água para esta me tocar nos pés. Um arrepio percorreu-me o corpo e por momentos, desejei poder mergulhar e deixar que as ondas me livrassem de todos os meus problemas.

Recuei o suficiente para me sentar na areia ao lado de algumas algas secas que me começavam a fazer cócegas nas pernas. Começei a ouvir o som melodioso do dedilhar de uma guitarra. Reconhecia aquele som tão bem pois eu sabia tocar guitarra e eram raras as vezes em que me afastava dela e aquela melodia era-me familiar. Aguardei alguns segundos para tirar as minhas conclusões e sim, era a "Set the fire to the third bar" dos Snow Patrol.

Olhei à minha volta para tentar encontrar quem tocava e cantava aquela música. A poucos metros de distância, estava um rapaz a caminhar para perto de mim com a sua guitarra presa pela correia sobre o ombro. Tinha um sorriso encantador e talvez o meu instinto me tenha obrigado a levantar e aproximar dele, murmurando algumas partes da música, timidamente. Ele desviou o olhar da água até mim e piscou-me o olho, incentivando-me a cantar com ele. A força da música é fantástica e graças a ela, descobri o rapaz que hoje é o meu melhor amigo.


ps: Não é veridico. (:

segunda-feira, 28 de junho de 2010

não tão estranho.

Tinha sido acordada pelo ruido das portas da carruagem a serem fechadas com alguma força. Estava escuro e as pessoas à minha volta dormiam. Fui a única que se deu conta de mais alguém naquela carruagem. O rapaz olhava para mim com uma expressão culpada, como que a pedir desculpa. "Uhm, acordei-te, não foi?" Murmurou, caminhando cautelosamente na minha direcção. Acenei levemente com a cabeça com um pequeno e forçado sorriso nos lábios e apertei o cobertor cor-de-rosa contra o meu corpo como que a tentar aquecer-me. "Posso sentar-me aí?" Interrogou, apontando para o lugar vazio à minha frente. Voltei a acenar com a cabeça positivamente.

Era bonito e conhecia-o de algum lado... era-me muito familiar. Tinha cabelos negros a cair-lhe sobre os ombros e olhos brilhantes dos quais não conseguia distinguir a cor, mas fugiam para o cinza. Os lábios eram finos e tinha um ar amigável. Tentei fechar os olhos e voltar a adormecer mas sentia os daquele estranho colados a mim. De qualquer das formas, estava desconfortável e era mais que certo que já não ia conseguir adormecer outra vez. Afastei o cobertor e deixei-o apenas sobre as minhas pernas.

"Como te chamas?" Interroguei. Fui deliciada com um sorriso e os dentes dele cintilivam com a luz que provinha da lua. "Sou um amigo, não precisas de saber o meu nome. Para onde vais?" Não me sentia muito à vontade mas respondi-lhe, ignorando o facto de não ter dito o seu nome. "Não sei. Vou para onde este comboio me levar."

Ele voltou a sorrir-me e ajeitou o cabelo, como que num tique adquirido há muito tempo. "Eu vou para onde o destino me quiser levar." Fui obrigada a levantar uma sobrancelha com aquela observação. Ri-me suavemente. "Acreditas mesmo no destino?" Ele levou algum tempo a responder, como se tivesse receio da minha reacção mas respirou fundo e inclinou a cabeça para o lado da janela, deixando a lua atingir-lhe os olhos. Naquele momento tive a certeza que eram cinzentos. E lindos. "Sim. Infelizmente, não tive sorte mas aqui estou eu, a proteger-te." Sem tempo para responder-lhe ou sequer pensar bem no que ele tinha dito, ouviu-se o som de um despertador.

Acordei a transpirar. Olhei à minha volta e estava no meu quarto. Roupas espalhadas pelo chão e o coberto cor-de-rosa a tapar-me. Desviei o olhar até à mesa de cabeceira onde estava uma moldura e reconheci o rapaz do meu sonho: o meu anjo da guarda.


ps: a inspiração derivou de um amigo meu, o Gustavo. Quero agradecer-lhe por me deixar ser a fã #1 dele e também agradecer-vos por continuarem a seguir o meu blog e a deliciarem-me com comentários tão simpáticos (': Muitos beijinhos*



sábado, 26 de junho de 2010

colorir.

O amarelo nunca fica mal. É uma cor que transmite luz. Se o colocar ao lado do vermelho, azul, verde e cor-de-rosa, sem nunca os misturar, faço um painel colorido. Acrescento cor-de-laranja e gosto do que vejo. Posso não ter visão artistica nenhuma mas se não gostar das minhas próprias criações, por muito simples que sejam, ninguém o vai fazer por mim.

Chamei alguém para me ajudar a pintar aquele painel. Uma amiga, com visão artistica melhor que a minha. Em poucos minutos, aquele painel onde tinha distribuido as cores, lado a lado, estava totalmente abstracto. Não se percebia o que estava ali mas com toda a certeza, havia uma mensagem. "O que há por trás disto?" Ela perguntou-me, tingindo-me o rosto com azul numa pequena brincadeira. Ri-me. "Não é óbvio?"

Seguiram-se longos minutos de diversão e a certa altura já era tanta e tão cansativa, que páramos para respirar. Olhei para mim mesma. Estava coberta de tinta. Azul aqui, vermelho ali, amarelo acolá. "Mas a sério, o que há por trás desta confusão?" Ela voltou a perguntar, apontando para o cáus à nossa volta. As paredes estavam salpicadas de tinta, assim como alguns materiais que mais tarde a minha mãe ia precisar e até mesmo aquele casaco preto que o meu pai costumava deixar em cima da secretária. Ia ouvir ralhar mais tarde mas aquela confusão era... linda. Fitei o painel, o ponto de partida.

"Por vezes, até os cenários mais tristes precisam de ser coloridos. É essa a mensagem."

sexta-feira, 25 de junho de 2010

por amor.

É por amor que não damos importancia ao comentarios menos agradáveis que nos são dirigidos.
Quando ia na rua de mãos dadas com ele, forte, lindo, sorriso perfeito, mas todo tatuado, ficavam a olhar para nós de lado e a comentar entre si. Uma amiga próxima perguntou-me se não tinha medo dele, tendo em conta que a diferença de alturas entre os dois não é nada pequena e avaliado a minha forma física: magra e um ar frágil. Eu respondi sempre "Não, não tenho medo dele."
Iamos ao Skatepark quase todos os dias e, naquele, calhou a estar a passar por lá uma mulher com os seus 34 anos, de mãos dadas com o filho, com os seus 3 ou 4 anos.
Ele estava a andar de skate perto do pequino e este pareceu ficar fascinado; não com aquelas manobras todas mas... com as tatuagens. Gritou algumas palavras a chamá-lo até que ele parou o skate e se ajoelhou perto do rapaz. Agarrou no skate na vertical e mostrou-lhe, exibindo um sorriso de fazer derreter o coração. Ficou surpreso quando o rapaz gesticulou acrescentando um "nhão. 'tás pintadoo!" e avançou, tocando-lhe nos braços. Depois disse "és o meu novo amigo" na sua pronuncia atrapalhada e saltou para os braços dele. A mãe, que observava o pequeno, parecia reticente mas eu avancei e transquilizei-a. Fiquei a observá-lo e a maneira como abraçava o pequenino era mágica.´
Nota: Isto não é veridico, apenas derivou da imagem. :3

segunda-feira, 21 de junho de 2010

dizer adeus.

Quase de certeza que todos se lembram do primeiro animal de estimação. O meu foi um cão chamado Pluto mas esta não é a história dele, é a da Borboleta.

Não me lembro de quando a recebi nos meus braços mas lembro-me que devia ter os meus 9 anos de idade e andava a correr com ela de um lado para o outro, a brincar às escondidas, e ela encontrava-me sempre. Também me lembro de quando ia passear com ela e lhe soltava a trela.

A borboleta corria, rebolava-se na relva, ia ter com os cães dos vizinhos, não deixava dormir a Srª Saudade e quando me chateava com ela, escondia-se sempre no seu refugio. Nunca me deu problemas e, algo que eu achava extraordinario, tinha uma óptima relação com todos os gatos que iam surgindo ao longo dos anos lá em casa.

Mas, foi ficando velha. O primeiro susto que apanhei com ela, foi quando a encontrei pendurada no muro quase a morrer com falta de ar. Voltou a repetir-se uma segunda vez. Depois, continuou a sua vida como se nada estivesse a acontecer.

Agora... bem, agora não a posso ver; ela esconde-se de mim. Por uma conversa que ouvi, está cega de um olho, ferida numa perna e à beira da morte. Não sei se já chamaram o veterinário mas, honestamente, não quero saber. Aliás, quero, mas não preciso que me lembrem que tudo tem um fim.

Eu adoro a Borboleta - e neste momento estou a limpar as lágrimas que insistem em cair-me dos olhos enquanto escrevo isto - e vou sempre lembrar-me dela. Razões pelo qual o vou fazer: deixou-me uma cicatriz enorme quando se zangou comigo; foi a cadela mais teimosa que alguma vez tive; não me podia ver a comer, que vinha logo com olhinhos a brilhar 'pedir-me' um pouco do que tinha nas mãos; esteve perto de mim nos piores e nos melhores momentos. Adoro-a, mas chegou a altura de dizer Adeus. Por muito que eu não queira.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

para sempre.

"Eles dizem que o amor é para sempre, mas só preciso que fiques."
Se és o principe, eu vou ser a princesa. Como tal, o meu único desejo é saber porque me escolheste, a mim. Descrever a tua beleza é complicado e de certo que as palavras não o conseguem fazer. Não prometo que vá tudo correr pelo melhor, estaria a mentir, mas posso prometer que não te vou deixar, só se quiseres que vá embora. Não ficaria magoada mas não me consigo imaginar em qualquer outro lugar sem ser nos teus braços.
Sim, apaixonei-me desde o momento em que os teus lábios tocaram os meus. Apaixonei-me por aquilo que somos.
Enquanto estiveres comigo, sei que vou ficar bem.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

9 crimes.



Quando ela chegou aos portões do inferno, levada pela tão famosa barca que tinha estudado nas aulas de Português, foi recebida pelo Diabo, que a observou com curiosidade e o seu tão caracteristico ar maldoso.

"Estás na barca errada, mas o inferno sempre é mais divertido que o paraíso. Afinal, que fizeste para estar aqui?" O que tinha feito? Escolhas erradas.

Ela sorriu timidamente. "Nasci. Conheci alguém que nunca se devia ter cruzado comigo. Chorei por essa pessoa. Ela não merecia as minhas lágrimas. Deixei de lhe falar. Senti-me péssima. Ela traiu-me. Chorei novamente. Amei-a."

Confessou. Baixou o rosto sob o olhar curioso do Diabo e aguardou a resposta do mesmo. "E achas que deves vir para o inferno por isso? Tu é que sofreste, não fizeste nada de mal, rapariga. Dá meia volta e vai para a outra barca, não quero aqui anjos."

domingo, 6 de junho de 2010

Reino das sombras.


"Bem-vindo ao Reino das Sombras onde a luz tinha dificuldades em aparecer."

Transformáste-me na rapariga que sou hoje. Obrigada! Eu era forte, aguentava tudo, nunca chorava. Agora sou introvertida, insegura da minha própria força e não deixo as pessoas aproximarem-se de mim com a facilidade de antigamente. Sou sensivel.

Tu. Tu és o culpado.

Mas por outro lado, devo-te isso.

Ensináste-me muitas coisas mas continuo a precisar de ti. Sim, é verdade, partiste-me o coração, fizeste-me chorar noites a fio, todos os meus amigos estavam preocupados e eu não conseguia compreender o que o meu coração me dizia. Eram palavras distorcidas.

Havia muita luz, agora só há escuridão.

Sinto-me coberta por sombras.

Mas isso vai mudar. Sempre me disseram que existe um anjo guardião a nosso lado. Não acredito muito nisso mas acredito que o meu anjo está sempre comigo e ele não é uma força invisivel. É alguém que consigo ver, abraçar. E foi esse anjo que me ajudou a levantar quando me deixáste sozinha. Quando me abandonáste.

O meu anjo não me abandona, não pára de me apoiar, nunca parou de tentar fazer-me sorrir. Ele sim, merece o meu coração. Tu não.

sábado, 5 de junho de 2010

melhor amigo?

Porque ele foi o rapaz mais importante da minha vida. Porque ele era perfeito, mesmo com os milhões de defeitos que tinha.

Gosto de recordar todas as manhãs em que chegava à escola e ele estava encostado ao portão, a lamentar-se que a seguir iamos para a aula de Matemática. Também me recordo de todos os intervalos em que nos sentavamos nos bancos a falar sobre as nossas bandas favoritas, pessoas de que tinhamos saudades, e os jogos favoritos dele. Eu tinha muita paciencia para o ouvir - todos os dias - a falar sobre aquele jogo novo para a PSP que a mãe lhe tinha comprado.

Lamento não ter confiado totalmente nele ao ponto de não conseguir contar o que se tinha passado na noite anterior para lhe ter ligado a chorar só porque queria ouvir a voz dele. Mas não interessa, porque ele esteve lá. Esteve lá quando mais precisei. Esteve lá para fazer os meus dias valer a pena.

Ele não era o aluno mais inteligente, muito menos o mais dedicado; yup, nos estudos ele falhava algumas vezes mas no que dizia respeito à amizade, NUNCA falhou.

Se tivesse oportunidade de voltar atrás no tempo, eu fazia-o & valorizava cada momento ainda mais. Corrigia todos os erros que cometi e que ele perdoou e arranjava maneira dele não se esquecer de mim.

Ele amava-me e ainda me ama, tal como eu o amo a ele. É como um irmão para mim e aquele rapaz que me marcou, tanto por bons motivos como que por maus. Nunca vou esquecer tudo aquilo que fez por mim.

Agora que vejo bem, não estou com ele há 1 ano e poucos meses. Tenho saudades daquele rapaz ao qual chamo, hoje, e sempre irei chamar, de Melhor Amigo.
Meu Jorge <3

sexta-feira, 4 de junho de 2010

respirar.

Queria respirar mas sentia-me sufocada. É horrivel quando queremos seguir com a nossa vida, pelo nosso próprio pé sem ter que depender de mais ninguém, e não nos deixam. Sentia-me inutil fechada naquele mundo em que, no passado, lhe chamei 'quarto'.

Fiz o melhor que pude para os fazer ver que era a minha vida, o meu sonho, algo só MEU e pelo qual estava disposta a lutar, mas não. Não aceitam a ideia de me ver noutro país a estudar aquilo que gosto.

E por isso, fugi de casa, apanhei o primeiro avião para a América.
Eu não estava zangada; só não queria continuar a ser a menina pequenina que tinha como sonho ser uma princesa. Cresci, os meus objectivos são outros.
Não me deixam seguir em frente? Está bem. Vou sozinha e no final, quando voltar, sei que valeu a pena tudo o que fiz. Vou dizer "Olhem para mim agora."
Era a minha hora de brilhar.

Só estou a tentar dizer que... por vezes, dizer adeus é uma segunda oportunidade.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

- back to life.

As cartas estão sobre a cama. Nelas, as mais verdadeiras e horriveis palavras. As piores que alguma vez escrevi. Não me refiro a ofensas, mas ao poder doloroso de um 'perdoa-me', de um 'mas' e de um 'porque'.

Nunca tive como objectivo magoar alguém mas o coração falou mais alto e era a única solução. Ele estava tão pacifico enroscado nos lençois da cama que quase estive para ficar. Mas não podia.

Dei-lhe um beijo no canto da boca antes de abandonar o quarto e lá fora, estava a razão pela qual tinha abandonado o rapaz que tinha estado a meu lado há 2 anos e 3 meses.

Vi flashes de todos os bons momentos que passámos juntos a rodarem à minha volta; tal como aquele dia na praia, o dia em que nos conhecemos. Oh, ou quando ficámos acordados a noite inteira só para vermos o sol nascer, juntos.
Nas não, não podia ficar.

Tinha que sair daquele lugar o mais depressa possivel, caso contrário, ele ia acordar e implorar-me para não o deixar, depois de tudo aquilo por que passámos, e eu não ia resistir...

Ele murmurou o meu nome, como se sentisse a minha presença - ou soubesse que algo estava errado - e caí de joelhos no chão. Não tinha mais forças. Não me conseguia levantar. Não o queria abandonar. Não podia. Mas tinha que ser. Amava-o, mais que tudo no mundo, mas a minha oportunidade de ser alguém na vida aguardava-me lá fora. Se ficásse com ele, não ia passar de uma miúda com uma guitarra; se fosse embora, podia ser aquilo que sempre quis.

Quando dei por mim, já uns braços me levavam lá para fora e me deixavam cair cuidadosamente no banco traseiro de um carro. "vai ficar tudo bem" murmurou. Não consegui responder. Não queria responder. Limitei-me a olhar pelo vidro do carro e a pedir aos Deuses para que, quando ele acordasse e visse as minhas cartas, me conseguisse perdoar.

with love, abigail.

terça-feira, 25 de maio de 2010

- i am me.

Hey, tu...

Não precisas de ser a mais bonita, ou a mais inteligente ou a mais engraçada. Sê tu mesma e não mudes por ninguém.

Faz com que as tuas qualidades ganhem ainda mais vida e não escondas os teus defeitos, porque eles fazem de ti a pessoa tão especial que és hoje.

Vão tentar dar-te a volta muitas vezes mas vais ter que ser forte e dizer 'Não', alto e bom som. Assume o controlo da situação e não faz mal ter medo. Ter medo é humano e não precisas de ter vergonha de o admitir.

Portanto, sorri, tira muitas fotografias, ri-te muito. Porquê? Porque cada 60 segundos que gastas aborrecida é um minuto de vida de felicidade que nunca mais vais ter de volta.

A vida não vai deixar de correr porque decidiste ficar parada no tempo.
Não podes dar importancia ás pessoas que fazem pouco de ti e algo especialmente para elas:

Sabes uma coisa? Eu não fumo, não bebo nada que seja alcoolico, não consumo drogas e consigo divertir-me mais que tu!
com amor, Abigail.

sábado, 22 de maio de 2010

- the last time.

"Eu sinto as tuas lágrimas na minha pele. O teu coração bate freneticamente contra o peito. Não consegues respirar. "
Isso queria dizer que estava a morrer? Dizem que morrer é fechar os olhos, ser-se invisivel e voar; também se diz que é proteger aqueles que amamos e ajudá-los a lidar com a perda.
"Não podes levantar a mão e acenar; dizer adeus." Estaria mesmo a morrer? Não conseguia ver nada de concreto, só figuras sem forma definida e não conseguia compreender. A minha cabeça parecia que ia rebentar e precisava urgentemente de encontrar alguma calma. Uns braços fortes e quentes envolveram-me e senti o meu rosto enconstado a algo macio e perfumado...talvez uma blusa. "Não podes ir." a voz ficou nitida. Era um rapaz, mas ainda não conseguia saber quem. Fechei os olhos.
Quando os abri novamente, estava num campo verde, de noite. Haviam muitas flores por ali e lá ao fundo, estava um rapaz alto, com um ar humilde e bonito que me chamava. Aproximei-me com cuidado mas algo me dizia que não corria perigo. Finalmente, perguntei "Estou morta?" Ele sorriu, sem pronunciar uma unica palavra. Concluí que estava a sonhar.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

i'm proud of you,

Ela não estava à espera que o 'fim' fosse daquela forma. Depois de tantos olhares, tantos sorrisos, tantas palavras, não tinha dado em nada. Rigorosamente, nada.
Não o culpava. Aliás, não culpava ninguém. O destino não os queria juntos e não podia lutar contra isso. Gostava demasiado dele para lhe deixar de falar, trancar-se no quarto a chorar ou algo parecido e não se importava de o ver com outra rapariga nos braços. Quando isso lhe chegou aos ouvidos, ficou imóvel e sentiu-se destroçada mas afinal de contas, só queria a felicidade dele. Havia quem lhe chamasse de 'parva' ou 'querida demais', mas não se importava, era apenas a sua maneira de ser.
Ali estava ele. A acenar-lhe, com aquele sorriso tão bonito e genuíno no rosto. Os olhos negros que a faziam sonhar brilhavam intensamente. A rapariga, grande amiga dela, estava nos braços dele e também sorria. A amiga estava em boas mãos, e ele também.
Estava orgulhosa de todos os dias que tinham trocado sorrisos e palavras, e não estava triste como aconteceria numa situação normal. Estava feliz por eles, especialmente, por ele.
Fim.
ps: e a história desta menina acabou aqui. (: a partir de agora, algumas reflexões, desabafos ou até mesmo coisas sem o minimo sentido. thank you. :)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

the girl i used to be,

Ela estava feliz; ele continua a olhar para ela de uma maneira especial, todos os dias se cruzam um com o outro e a vida não podia estar melhor!
Mas o passado meteu-se no caminho. Era como se ela se estivesse a olhar ao espelho. Foi horrivel quando uma das amigas mais intimas se chegou perto e lhe murmurou ao ouvido "não aguento mais". Foi aí que reparou que o passado a estava a perseguir. O rapaz que tinha deixado a amiga sem esperança, aquele que também lhe roubou a felicidade já fez o mesmo a várias raparigas - entre elas, Ela. Conhecia a sensação de ser trocada e de ouvir um "lamento" sem qualquer significado, só para parecer bem.
Agarrou a mão da amiga numa tentativa falhada de lhe transmitir alguma felicidade, um pouco do que lhe tinham roubado mas era complicado. Prometeu à pobre rapariga que não ia sempre doer assim tanto, acrescentando que não era a primeira ou a última vez que lhe iam partir o coração. Haviam muitas mais coisas que gostava de lhe dizer, mas só conseguiu murmurar: És a rapariga que eu já fui...mas não desistas.

Com amor, Rita.


quinta-feira, 6 de maio de 2010

catch me when i fall,

Ela interrogava-se se, naquele momento, sentada sobre a relva, ele a observava. Encolheu-se, abraçando as pernas junto ao peito e tentou prestar atenção ao que as amigas diziam. Colaborou na conversa e, por vezes, pelo canto do olho, tentava procurar os olhos negros que tanto a cativavam mas não, ele não parecia estar a olhá-la...
No entanto, antes daquilo tudo, tinha falado com o melhor amigo dele, tinha-se abraçado a amigos de infância numa tentativa frustrada de detectar algum tipo de ciúmes mas nada. Rigorosamente nada.
Felizmente, chamaram-na e acordaram-na daqueles terriveis e dolorosos pensamentos. Levantou-se e arrastou os pés sobre a relva verde; queria ganhar tempo. Queria senti-lo a observar cada movimento dela, queria sentir o sorriso dele e queria ouvir o riso dele... ele acabou de se levantar e parecia vir na sua direcção... ou talvez não. Iam em direcções opostas - mas não deixavam de passar ao lado um do outro - e, por alguma razão que lhe foi totalmente desconhecida, tropeçou em qualquer coisa e o seu corpo foi impulsionado para a frente. Quase a bater com os joelhos no chão, alguém a agarrou e caiu primeiro, como que a amparar a queda e a recebe-la nos seus braços.
"Estás bem?" ele interrogou, preocupado. Estava nos braços dele, não podia estar melhor.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

( friend to friend )

Eu lembro-me de quando te conheci. E tu? Estavamos sempre a insultar-nos um ao outro até que houve um dia que te pedi se podiamos agir como amigos e não como haters.
Devo confessar que nunca pensei que criássemos um 'laço' tão forte como o que temos agora - e que espero, honestamente, que não acabe. És aquele amigo fantástico que não quero esquecer.
Lembro-me de quando ouvi a tua voz pela primeira vez; as minhas pernas fraquejaram e um sorriso fazia os meus lábios curvarem-se nos cantos. Eu estava a ouvir-te. A ti.
Gostas de mim por aquilo que sou e posso dizer que é recíproco. Adoro os teus caracóis, quase sempre despenteados; adoro o teu sorriso; adoro a tua voz; adoro a tua maneira de pensar; adoro tudo o que dizes; adoro as nossas conversas; adoro quando dizes que me adoras; adoro quando insistes em ligar a camara só para me veres; adoro quando escreves "ABBEY!"; adoro quando me tratas mesmo pelo meu nome; adoro quando me contas o teu dia-a-dia; adoro quando me apoias, independentemente da situação; adoro quando me fazes levantar a cabeça e enfrentar os problemas; adoro quando te digo dos mais sinceros "Adoro-te". És fantástico, Chico. O que era de mim sem ti?
(ps: este post não tem nada a ver com os outros. daqui para a frente, a história d'Ela continua. thank you.)

Com Amor, Rita.


sexta-feira, 30 de abril de 2010

i miss you,

Quatro dias. Quatro dias que ela passou longe dele. Perdeu aquela energia tão caracteristica e aquele sorriso engraçado que tantos olhares conquistava. No dia da partida dele, esteve sempre por perto; podia estar junto das amigas mas perto suficiente daquela figura masculina para ouvir o seu riso e presenciar a felicidade que ele estava a sentir. Estava feliz e ela também devia estar; mas não conseguia. Como conseguia estar feliz se ia passar quatro longos dias longe dele, sem um único telefonema ou mensagem?
Caminhava deprimida pelas ruas, sozinha. Apetecia-lhe estar sozinha, apenas ela e os seus pensamentos, o que não era normal. De qualquer das formas, nunca deixava de pensar nele e nos seus olhos negros. "O que estará a fazer neste momento?" interrogava-se a si mesma, vezes sem conta. Naquelas noites, sonhou com ele. O reencontro. Ela corria até ele e lançava-se nos seus braços. "Porque demoráste tanto tempo?" Ela interrogou. Ele riu-se e respondeu "O suficiente para garantir que ias ter saudades minhas."

Com amor, Rita.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

lips of an angel,

Um "Olá..." tímido era suficiente para a deixar a sorrir como uma tontinha. Sentia as suas bochechas a ganhar um calor característico de quando estava perto dele; só ele a fazia sentir-se assim. Escondia um pouco o rosto com os seus cabelos negros ou virava o rosto para o lado oposto, numa tentativa de não se fazer notar o quão embaraçada estava.
Nos dias em que ela estava a um canto do Jardim com as amigas e ele no outro, ouvia-o a rir e isso era suficiente para fazer o seu dia valer a pena; afinal não se tinha levantado da cama por nada. Oh, e cada vez que ele lhe dirige uma pergunta? É mais que previsivel que ela fica com o coração a mil, a querer saltar-lhe do peito numa explosão dos mais bonitos sentimentos. Deu por si a desejar que ele estivesse sempre a seu lado, independentemente da situação. Mais perfeito que ele, era impossivel.

Estava sentada no muro e ele aproximou-se, chamando-a pelo nome. A maneira e o tom de voz que utilizou para o pronunciar, tornou-o mais bonito. "Vindo dos lábios de um anjo..." Pensou, fitando aqueles olhos negros com um sorriso a nascer-lhe no rosto.
Com amor, Rita.

i'm like a bird,

- Ela acredita na liberdade. Ela acredita que se as coisas acontecem, por alguma razão é. Ela acredita que cada pessoa é especial à sua maneira. Ela acredita que ainda há esperança para o mundo. Ela acredita que o amor anda de mãos dadas com a amizade. Ela acredita que um dia vai voar.

Quando parece não haver saída, ela fecha os olhos e tenta encontrar uma solução. Pode demorar algum tempo mas ela tenta resolver tudo. Que ninguém lhe diga o que deve ou não fazer porque quer ter a sua própria independência e Liberdade de escolha.
Se por acaso encontrar um velho amigo na rua, não vai afastar-se, com vergonha. Por alguma Razão o destino quis que se reencontrassem.
Não consegue ficar parada quando estão a fazer pouco de alguém que gosta muito, não suporta indiferença e é capaz de gritar em plenos pulmões que todos são Especiais à sua Maneira até a mensagem ficar bem interiorizada em cada um.
Todos os dias ela acorda com Esperança que o dia lhe corra bem, não só a ela, como a todas as pessoas que ama.
Adora sentir-se amada e saber que há pessoas que se preocupam com o seu bem estar e os seus sentimentos; as pessoas que estão presentes nos piores momentos são aquelas realmente verdadeiras. Portanto, é isso, o Amor anda de mãos dadas com a Amizade.
Ela gosta de olhar para o céu e ver os pássaros a voar e deseja, um dia, poder ser tão livre como eles são e voar.


Ela chama-se Rita.

domingo, 25 de abril de 2010

new beginning,

Ela agora é pequenina. Está a aprender a crescer, a bater com a cabeça na parede, a cair, a levantar-se, a procurar o caminho certo. Ela não se sente perdida, mas tem medo que isso aconteça. O lado bom é que os amigos estão sempre por perto mas, claro, só os verdadeiros estão a fazer a diferença.
Ela está a tentar afastar todas as más energias e adoptou um novo lema de vida: "Acordar, Aproveitar cada Segundo, Adormecer." Só ela sabe o que quer dizer com aquilo ao avaliar tudo aquilo por que passou; teve que esconder lágrimas atrás de sorrisos; foi maltratada mas sobreviveu; partiram-lhe o coração em mil e um pedaços mas continua por aí a correr e a saltar, como se nada mais importásse.

Está a reconstruir o caminho que ela mesma destruiu e a ignorar todos os comentários que lhe são lançados, aquele do género "nunca vais conseguir". Oh, ela virou-se para a pessoa que o disse! Um sorriso nasceu-lhe no rosto e respondeu num tom amigável "Observa-me."
Com amor, Rita.

sábado, 24 de abril de 2010

she dies a little more each time,

Formou-se um círculo no meio da pista de dança. Dois rapazes e duas raparigas estavam ao centro e tinham que escolher alguém para dançar. Ele avançou lentamente até ela e pediu-lhe que o acompanhasse na dança. Ela ficou atrapalhada mas acompanhou-o. Não podia estar mais feliz.
Correu até á rua e agarrou no telemóvel, ansiosa por contar a um dos seus amigos o que tinha acontecido. Ele perguntou-lhe como estava e ela respondeu “Não podia estar melhor!”
Ao voltar para o salão, haviam casais e amigos a dançar e mal teve tempo de respirar, foi puxada para a pista de dança por um amigo. Embora quisesse, não se conseguia concentrar a sua atenção nos seus movimentos ou no seu par; só conseguia olhar para ele, o rapaz dos seus sonhos…que dançava perto dela com outra rapariga, aparentemente uma colega de turma. Oh, como ele era bonito...
A primeira dança a pares terminou e ela foi para perto de uma mesa, aguardando alguém que a agarrasse e pedisse para dançar. Para sua surpresa, ele apareceu. As suas pernas tremiam, o coração acelerado queria saltar do peito e as suas pestanas batiam, impacientes e incrédulas. “Ele não está a vir directo a mim, não pode…” mas ali estava ele, a ir na sua direcção, com aquele sorriso genuíno que ela tanto adorava. Os olhos negros dele conseguiam brilhar mais do que cada holofote. Ele avançou, sempre de sorriso nos lábios mas, algo o fez parar e recuar. Baixou o olhar, algo atrapalhado, e virou costas. (...)
Ela correu para fora dali e escondeu-se na sobra de uma árvore, onde ninguém a conseguia ver. Desejava desaparecer, desejava que aquela noite acabasse.


Agora, ela chora e pergunta-se o que há de errado nela. Sabe que nunca vai ter uma resposta mas não se importa. Vai sempre recordá-lo como “o rapaz dos olhos negros e brilhantes.”

Com Amor, Rita.